XVI GALA NOITE DOS TRAVESTIS (ALTERAÇÃO DO LOCAL DO ESPECTÁCULO)
Por motivos alheios à Abraço e que se prendem com a logística do espectáculo, informamos que a 16ª NOITE GALA DOS TRAVESTIS terá lugar no Teatro Tivoli no próximo dia 01 de Dezembro, pelas 21:00 horas
A Companhia Teatral do Chiado estreou ontem, dia 27 de Novembro, a nova peça de teatro - A Arte do Crime (The Business of Murder), original de Richard Harris, com encenação de Juvenal Garcês e representação de Emanuel Arada, Vanessa Agapito e Simão Rubim.
Trata-se de um texto policial de enredo inteligente, recheado de surpresas, humor, alguma violência e muito, muito suspense. No cerne do enredo, estão o crime e a manipulação - manipulação de vidas, de mortes, de pessoas e de histórias.
O assassino - homicida do físico ou do psicológico - qualquer uma das personagens o poderá ser.
Katy Lewis, da BBC, descreve deliciosamente o que se passa em palco e na plateia, enquanto se assiste à Arte do Crime: “The Business of Murder has so many twists, you'd think you were at a Chubby Checker concert, and by the time you've waited for all to be revealed, you really are gagging for the answer! As it reached its climax I just wanted to scream at them - "alright, just get on with it! WHAT'S GOING TO HAPPEN!" Earlier in the evening as more and more intricacies were revealed, I began to wonder if I really cared, but of course I did. That's the thing about thrillers, you have to see them out, however long it takes! But as soon as things start to fit together and what you have seen earlier relates to something later, you begin to feel that sinister chill and you're hooked!”
A encenação de Juvenal Garcês é perfeita. Tudo tem um sentido, imediato ou não. Não existe nada de supérfluo. Nada está fora do sítio. Juvenal Garcês montou uma autêntica montanha-russa de emoções e sentimentos. Num segundo estamos a rir como no momento imediato um nó na garganta corta-nos o ar; num momento temos comiseração pelo Sr. Rocha [Emanuel Arada] como no segundo imediato odiamo-lo.
E a música… sempre com o belíssimo gosto musical, apanágio e toque de génio das encenações de Juvenal Garcês.
Emanuel Arada tem uma estreia em grande na Companhia Teatral do Chiado. A personagem é sólida, convincente e muito bem construída. Temos actor. Com preciosos momentos de humor e insuportáveis [porque muito bem representados] momentos de maldade e sadismo, de crueldade e ódio. A personagem de Emanuel Arada é o principal condutor da trama, que cresce do humor ao ódio e nós, espectadores, crescemos com ele. Confesso que, mesmo depois de muito pensar, não sei que sentimento nutro pelo sr. Rocha.
Vanessa Agapito é a mulher da peça. A personagem, uma dinâmica e criativa autora de produtos policiais para a televisão, é uma amante de vodkas e analgésicos e de policias. É também uma belíssima mulher e uma extraordinária actriz. Diana Galvão [personagem de Vanessa Agapito] é uma mulher segura que acaba desesperada, alcoolizada, aterrorizada com tudo o que se passa à sua volta. E com óptimas tiradas de humor, verbais ou de expressão. Vanessa Agapito constrói a sua personagem de forma precisa e é extraordinária a maneira como, subtil e quase imperceptivelmente, vamos assistindo ao ruir de uma pessoa segura e forte, ao descontrolo total de emoções. Bravo Vanessa.
Simão Rubim, que representa o Inspector-Chefe Vasco Machado, tem uma personagem complexa. A personagem de Simão Rubim vive tanto da fala como das expressões. É exigente. É das melhores personagens que alguma vez vi representadas por Simão Rubim. Policia cínico, prepotente, de sentido de humor aguçado, quase sem sentimentos. É o “policia de estimação” de Diana Galvão. Violento e traidor. Mas muito, muito inteligente. Simão Rubim demonstra toda a sua perícia e experiência em palco. Constrói uma personagem altamente credível, humana de tão desumana que é, perverso com a situação envolvente. E nós somos levados por ele, chegamos a ter pena dele. No fim, o feitiço vira-se contra o feiticeiro - ou será o contrário?
Esta é uma peça onde todos os sentimentos são aflorados. Do melhor ao pior. Vamos do riso ao choro. Do medo ao medo.
O desenho de luzes de Vasco Letria, a cenografia e os figurinos de Ana Brum, a tradução de Célia Mendes e a revisão, adaptação e dramaturgia de Gustavo Rubim são também responsáveis pelo espectáculo mais que perfeito estreado ontem no Teatro-Estúdio Mário Viegas.
Não deixe de ver este policial, de 5ª a Sábado, pelas 21 h., no Teatro-Estúdio Mário Viegas, em Lisboa.
O bom Teatro está no Chiado… seja cúmplice de um crime perfeito (ou será de um suicídio perfeito?).
Património. Programa da RTP pode ser adquirido 25 anos depois
Herman José destaca Tony Silva e diz que agora já sente carinho e orgulho em 'O Tal Canal'
"Não me chame 'condensa' que me põe tensa", "Ai, querida, é tão terra a terra, tão heróis do mar...", "imeeensa paprica", "que pomada!" ou "olá juventude" são expressões que ficaram na memória e algumas no léxico nacional. E todas pertencem a O Tal Canal, de Herman José, que volta a poder ser visto 25 anos depois, agora em DVD, por 34,95 euros, mesmo a tempo da consumista época de Natal.
Corria o ano de 1983 quando os portugueses começaram a ver um programa de humor que parodiava a própria televisão e, com isso, o próprio País. Há um humor antes e depois de O Tal Canal? "Seria uma imodéstia dizer isso", respondeu de imediato Herman José ao DN. "Mas o programa foi um êxito. O impacto foi de tal maneira grande que houve uma ruptura com o humor mais revisteiro que se fazia", explicou o "verdadeiro artista", como também ficou conhecido o humorista por causa da personagem Serafim Saudade de Hermanias. "A ideia de um programa na televisão surgiu em 1979 de um minigrupo. Até pensámos que o nome seria Hermanias, mas o programa foi recusado. Depois houve a oportunidade de o fazer mais tarde, com o nome O Tal Canal, quando o PS ganhou as eleições e o José Niza foi para a RTP. Ele fez parte de uma gente mais atrevida na televisão pública. Parte dos louros de O Tal Canal é dele. É preciso não esquecer que cinco anos depois tive um programa [Humor de Perdição] censurado e retirado do ar", relembrou.
A personagem que mais o marcou no programa foi Tony Silva, o cantor hispânico "creador" de toda a música "ró". "Ele nasceu antes, no Passeio dos Alegres. N'O Tal Canal autonomizou-se e cresceu. Mas talvez a que tenha marcado mais as pessoas tenha sido o José Estebes. Lembro-me de que a direcção da RTP teve dúvidas se a personagem ia ferir suscep-tibilidades das pessoas do Porto. E com razão. Mas foram as pessoas do Norte que mais acarinharam o Estebes e foi um sucesso enorme", contou Herman José.
E porquê satirizar a televisão? "Porque era a maneira mais fácil de chegar às pessoas nos anos 80. Tudo o que acontecia aparecia na televisão, com dois canais. E não como agora em que tudo é mais disperso com dezenas de canais, Internet... Naquela altura, o País parava para ver uma telenovela", explicou. Orgulha-se d'O Tal Canal? "Houve uma altura em que não. Hoje, sim. Tenho uma visão mais distanciada. Foi um programa mais amador e olho para ele com carinho."
No fim-de-semana passado, andei a remexer nos meus CDs e, re-ouvi o álbum Velvet Rope de Janet Jackson. É de facto um álbum magnífico. Partilho aqui a música e o, brilhante. vídeo de Together Again.
"As Obras Completas de William Shakespeare (em 97 minutos)" completam hoje doze anos de representações (consecutivas); é obra!!!Parabéns ao elenco, sobretudo ao Simão, que faz o 'pleno', ao Juvenal e à CTC. Amanhã, dia 25, iniciar-se-á o 13º ano de representações... venham mais enquanto o público assim o quiser!
CIRCO VITOR HUGO CARDINALLI ABRE AS PORTAS À 16ª GALA NOITE DOS TRAVESTIS A FAVOR DA ABRAÇO
Com muito empenho de Carlos Castro e o apoio do Circo Vitor Hugo Cardinalli, a já conceituada GALA DOS TRAVESTIS, esteve para não se realizar, ao fim de 16 anos consecutivos de espectáculo, a Gala que conta com o apoio e participação de inumeros artistas, por falta de cedência de Sala teve a sua realização comprometida.
No próximo dia 01 de Dezembro, pelas 21:00 horas, o Circo Cardinalli, no Parque das Nações, será o palco para a apresentação da 16ª NOITE GALA DOS TRAVESTIS, um espectáculo recheado de glamour, com Produção de Carlos Castro.
Este espectáculo surge há 16 anos no âmbito do Dia Mundial de Luta Contra a SIDA, 01 de Dezembro, reunindo Artistas que se juntam à Associação Abraço e à sua causa, revertendo as receitas a favor da Instituição e dos Programas que desenvolve nos seus Centros de Trabalho , sendo que este ano reverterá para a aquisição de uma carrinha, para o Centro de Apoio Domiciliário, e transporte de utentes.
Contamos com a vossa presença e apoio na divulgação desta iniciativa.
A personagem de Mickey nasceu a 18 de Novembro de 1928, e a dobragem da sua voz foi feita pelo próprio Walt Disney (entre 1928 e 1946). Evoluiu de uma simples personagem de cartooning e tiras cómicas para uma das personagens mais conhecidas em todo o mundo. Depois de Walt Disney, foi James G. MacDonald que assumiu a voz do Rato Mickey e, desde 1983, passou a ser Wayne Allwine, um aprendiz de James G. MacDonald.
Inicialmente baptizada de Mortimer, a personagem teve o nome alterado para Mickey Mouse por sugestão de Lillian , esposa de Walt Disney, que considerava o primeiro nome formal demais para a personagem.
Na banda desenhada actual, em papel, o seu melhor amigo é o Pateta; Mickey tem ainda o cão Pluto e uma namorada, Minnie. Há uma série de histórias em que aparece a personagem Esquálidus, criada por Floyd Gottfredson. Em certas histórias, Mickey costumava andar com o Pato Donald (segundo a tradução brasileira, ambos moram na mesma cidade, Patópolis), mas os universos dos dois são separados.
Tipicamente, Mickey surge em calções vermelhos e sapatos amarelos, uma homenagem que o seu criador, Walt Disney, fez à Ordem DeMolay, da qual era membro. Em outra série de histórias, são abordados variadíssimos temas; numa delas, Mickey é um detective, e veste casaco e todo o traje costumeiro. Um dos temas mais conhecidos é o duelo constante com o inimigo Bafo-de-Onça, e um outro as várias situações em que enfrenta o Mancha Negra.
Em Portugal e no Brasil a publicação das bandas desenhadas coube à Editora Abril. Além de ter o seu próprio título mensal, Mickey foi destacado como personagem num dos manuais Disney e no Grande Livro Disney (1977).
Em baixo, o primeiro cartoon do Rato Mickey (ou Mickey Mouse), de Walt Disney:
Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu. Mar Português, de Fernando Pessoa
Meu Deus do Céu... alguém se recorda deste desenho animado? Era o meu favorito. Ouvir a música do genérico fez-me recuar a tempos que já nem eu mesmo me lembrava. Uma maravilha de arrepio.
Passaram quase duas decadas desde o seu último álbum, e ela está de volta. Simplesmente magnífica. Grace Jones é como o Vinho do Porto. Fica aqui um vídeo de promoção do seu novo álbum, num programa de televisivo.
Em plena vitalidade artística, 76 anos, Miriam Makeba, após um concerto em Itália, morreu em consequência dum ataque cardíaco fulminante. Ícone musical do imenso continente africano, deu também 'voz' à causa anti-aparheid. Bem sei que mesmo que haja uma Lei própria do Universo, ela é-nos desconhecida, mas não deixa de ser coincidente que quando se extingue uma 'Voz', a de Makeba, outra 'Voz', noutras latitudes, e com certamente causas diversas, mas com um fundo humano idêntico, se erga: a de B. Obama. Ainda bem que assim é - a sensação benfazeja de que há uma luz sempre acesa no firmamento.
ACTUALMENTE EM CENA - As Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos, no Teatro-Estúdio Mário Viegas - As Vampiras Lésbicas de Sodoma, no Teatro-Estúdio Mário Viegas - A Bíblia, Toda a Palavra de Deus (d'uma assentada), no Auditório Carlos Paredes
ESTREIAS EM NOVEMBRO - A Arte do Crime, no Teatro-Estúdio Mário Viegas - Perguntem aos vossos gatos e aos vossos cães, no Auditório do Colégio S. João de Brito
Nasceu em Santarém em 10 de Novembro de 1948, às 23.30h, meia-Hora antes do Dia de S. Martinho.
É do signo Escorpião no Hemisfério Ocidental e do Rato no Hemisfério Oriental.
Trineto, por via paterna, do grande Actor Cómico do século XIX Francisco Leoni, Bisneto de Francisco José Pereira, Republicano, Deputado e Senador por Santarém na Primeira Assembleia da Primeira República, sendo saneado de Director Geral do Congresso no 28 de Maio.
Neto e filho de Republicanos e Anti-Fascistas, duma família paterna toda ligada ao ramo Farmacêutico.
Neto por via materna, de um dos fundadores da Amadora, António Cardoso Lopes e sobrinho, do famoso hoquista Álvaro Lopes (8 vezes campeão do mundo), e Tiotónio (um dos pioneiros da Banda-Desenhada em Portugal e criador do semanário “O Mosquito”), e de Augusto Lopes (inventor e criador do sistema do Cinema foto-sonoro em Portugal), sendo a sua Mãe licenciada em Grego Clássico, Latim. Viveu a sua infância e adolescência em Santarém, onde estudou no Liceu Sá da Bandeira e onde se estreia como Actor-Recitador amador com o Coro de Amadores de Música, dirigido pelo Maestro Fernando Lopes-Graça, com 16 anos, em substituição da ex-Actriz e Declamadora Maria Barroso.
Fica logo com a sua primeira ficha na P.I.D.E.
Não tem pre-conceitos sexuais. Sendo scalabitano, gosta de touros, cavalos, mulheres, homens, vinho branco ou tinto, sabe dançar o fandango e já pegou uma vaca em 1967.
Frequentou a Fac. de Letras de Lisboa em 1966/67 e 1967/68 e a Fac. de Letras do Porto em 1968/69, onde termina o 3º ano do Curso Superior de História. Faz parte da Crise Académica de 1969, como Recitador e Agitador no Porto e em Coimbra.
Nunca esteve filiado em nenhum Partido ou Clube Desportivo, nem nunca foi convidado para tal.
Não tem nenhuma ficha na P.S.P. ou na Polícia Judiciária por actividades ilícitas e/ou imorais.
É solteiro e não tenciona casar oficialmente.
É-lhe retirado o Adiamento Militar, por actividades políticas e é proibido de actuar como Actor e Recitador quer públicamente, na antiga Emissora Nacional e na R.T.P.
Os seus discos de Poesia são proibidos de passar na Rádio, até ao 25 de Abril de 1974.
Cumpre o Serviço Militar Obrigatório como Oficial entre Outubro de 1971 e Outubro de 1974, tendo a sua Caderneta Militar os mais altos louvores pela disciplina militar.
É-lhe dada a especialidade e o curso de Acção Psicológica e Propaganda do Exército (A.P.S.I.C.), sendo re-classificado quando estagiava na 2ª Repartição do Estado-Maior do Exército em 1972. É-lhe dado um cargo de Instrutor de Combustíveis e Lubrificantes no Quartel do Campo Grande (E.P.A.N.), de onde é afastado no dia 22 de Abril de 1974.
Assiste e participa desde as 11H00 da manhã, ao golpe-militar do 25 de Abril, no Largo do Carmo. Às 19H00 na Rua António Maria Cardoso e participa na primeira tentativa Popular de assalto à sede da P.I.D.E.-D.G.S.
Faz parte da Extinção da P.I.D.E.-D.G.S. e Legião Portuguesa desde o início de Maio de 1974 até Outubro de 1974, como Oficial-Miliciano do M.F.A., de onde é afastado.
Após proibição em Conselho de Ministros, da peça “EVA PERÓN”, de Copi, (de que era protagonista e que seria a primeira encenação de Filipe La Féria), em Janeiro de 1975, sai de Portugal entre inícios de Maio de 1975 até finais de Setembro de 1975, indo viver para Copenhaga, Dinamarca, desiludido com a situação política do país.
Como Independente, participou “de borla” em algumas campanhas e espectáculos ao vivo e na televisão do P.C.P. (1977), do P.S.R. e da U.D.P., até 1994. Está arrependidíssimo! Abre uma excepção à U.D.P.
Apoiou públicamente a candidatura à Presidência da República do Engº Carlos Marques nas últimas eleições Presidenciais.
Foi leitor durante 2 anos (1987, 1988), dos comunicados do dia 25 de Abril de Otelo Saraiva de Carvalho, quando este esteve preso em Caxias (caso FP25). Não ganhou nada com isso!
Foi alcoólico Público e Anónimo, encontrando-se completamente recuperado.
É Fumador activo e passivo, careca e práticamente cego do olho esquerdo.
Estreia-se como Actor profissional em 16 de Fevereiro de 1968 no Teatro Experimental de Cascais. Trabalhou diariamente durante 30 anos no Teatro, Cinema, Disco, Rádio e Televisão como Actor, Empresário, Encenador e Cenógrafo, com o nome artístico de Mário Viegas. Ao contracenar com Marcello Mastroianni em 1994 descobriu que não conseguiria ser o Maior Actor de Portugal, da Europa e do Mundo, de Teatro e Cinema; o mais popular Cómico do País e com maior unanimidade; ter um lugar em Hollywood; representar em francês, espanhol, inglês ou japonês. Desiludido e revoltado decide encetar a carreira mais fácil, menos efémera e com reforma assegurada: PRESIDENTE DA REPÚBLICA de Portugal, Açores, Madeira, Macau e Timor-Leste.
As Sondagens dão-lhe 93,4% de intenção de voto.
Não sabe o que quer para o País, mas o País sabe o que quer dele!
Não quer ser o Presidente de todos os Portugueses!
Tem como Lemas da campanha a frase de Eduardo de Filippo: “Os Actores vivem a sério no Palco, o que os outros na Vida representam mal”; e “Nesta Pátria onde a Terra acaba e o Mário começa!”.
Slogans da campanha:
“VIEGAS AMIGO ! O MÁRIO ESTÁ CONTIGO !!”
“MÁRIO SÓ HÁ UM ! O VIEGAS E MAIS NENHUM !”
“O MÁRIO QUE SE LIXE ! O VIEGAS É QUE É FIXE !”
Foi agraciado por sua Exª o actual Presidente da República, o Sr. Dr. Mário Soares com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, sendo pois, Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
Mário Viegas"
Texto retirado da "Auto-Photo Biografia (não autorizada), de Mário Viegas
Mário Viegas fala da Companhia Teatral do Chiado, da Sala-Estúdio do Teatro Municipal de São Luiz (actulamente Teatro-Estúdio Mário Viegas), dos ensaios da peça Napoles Milionária, do Chá das Cinco no Chiado com... e ainda diz Alexandre O'Neil.
1º NÃO CHEGARÁS ATRASADO, incomodando a concentração daqueles que estão a Representar e dos outros (que chegaram religiosamente a horas) que estão a assistir ao Santo Sacrifício do Teatro. 2º NÃO FALARÁS BAIXINHO com o ou a acompanhante; incomodando com a tua inclinação de cabeça o Espectador de trás, e distraindo os Actores celebrantes do Santo Sacrifício do teatro. 3º NÃO ADORMECERÁS NEM RESSONARÁS, dando marradas para a frente ou para trás, ou pondo a mão nos olhos para os outros pensarem que estás muito concentrado no Santo Sacrifício do teatro. 4º NÃO TOSSIRÁS NEM TE ASSOARÁS com grande ruído, escolhendo as melhores pausas dos celebrantes do Santo Sacrifício do Teatro. 5º NÃO TE ABANARÁS constantemente com o programa, distraindo os que estão, religiosamente, ao teu lado e, irritando os que estão no palco a celebrar o Santo Sacrifício do Teatro. 6º NÃO COMERÁS rebuçados, pipocas, caramelos, chocolates, pastilhas, comprimidos; tirando-os muito devagarinho, fazendo com o papel e as pratinhas o mais diabólico, satânico e herético ruído numa sala de espectáculos em que se celebra o Santo Sacrifício do Teatro. 7º NÃO LEVARÁS relógios com pipis electrónicos, telemóveis e sacos de plásticos que andarás constantemente a pôr, ora entre as pernas, ora no colo, perturbando os que celebram o Santo Sacrifício do Teatro. 8º NÃO LERÁS OU FOLHEARÁS o programa durante a celebração do Santo Sacrifício do Teatro para tentar saber qual é o nome de determinado Actor, ou para tentar perceber a sequência do Santo Sacrifício do Teatro. 9º NÃO PEDIRÁS borlas ou insistirás em descontos, a que não tens direito, para assistir à celebração do Santo Sacrifício do Teatro. 10º NÃO OLHARÁS «com umas grandes vendas» para o vizinho do lado, que achou religiosamente Graça ao que tu não achaste, ou que, piamente e cheio de Fé, se levantou logo para aplaudir, enquanto tu bates palmas por frete e já a pensar ir a correr tirar a porcaria do teu carrinho, ou a porcaria do teu sobretudo do bengaleiro, mais cedo do que os outros.
ASSIM: SUBIRÁS PURO AOS CÉUS! OU ASSIM: PODERÁS IR A 13 DE MAIO À COVA DA IRIA OU ASSIM: PODERÁS IR E COMUNGAR NO CASAMENTO REAL
de Sua Majestade Sereníssima Dom Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael De Bragança, chefe da Sereníssima Casa de Bragança, Duque de Bragança, de Guimarães e de Barcelos, Marquês de Vila Viçosa, Conde de Arraiolos, de Ourém, de Barcelos, de Faria, de Neiva e de Guimarães; e de sua Augusta Noiva Isabel Inês De Castro Corvello de Herédia. IDE E ESPALHAI A BOA NOVA!!
O sr. Costa quer «matar» o Bairro Alto. Será que vai conseguir? Será que vai alargar esta acção a outras zonas de Lisboa? Será que vai ser esta a marca do seu mandato como Presidente da Câmara Municipal de Lisboa?
Convém explicar, o que o artigo da Time Out não explica, que a PSP tem estado todos os dias, desde 1 de Novembro, com 2, 3, 4 ou mais agentes à porta dos espaços comerciais para garantir que estes fecham.
Hoje lembrei-me de Eugénio de Andrade e, mais concretamente, do seu famoso Adeus. Resolvi, por isso, deixá-lo aqui na voz do próprio Eugénio de Andrade (um chato a dizer poesia), na voz de Simone de Oliveira e na voz de Mário Viegas. Assim, por esta ordem. Mas primeiro o poema:
Adeus - Eugénio de Andrade
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor, e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes. Gastámos tudo menos o silêncio. Gastámos os olhos com o sal das lágrimas, gastámos as mãos à força de as apertarmos, gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada. Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro; era como se todas as coisas fossem minhas: quanto mais te dava mais tinha para te dar. Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes. E eu acreditava. Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos, era no tempo em que o teu corpo era um aquário, era no tempo em que os meus olhos eram realmente peixes verdes. Hoje são apenas os meus olhos. É pouco mas é verdade, uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras. Quando agora digo: meu amor, já não se passa absolutamente nada. E no entanto, antes das palavras gastas, tenho a certeza de que todas as coisas estremeciam só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração.
Não temos já nada para dar. Dentro de ti não há nada que me peça água. O passado é inútil como um trapo. E já te disse: as palavras estão gastas.
Há alguns «lugares comuns» de que gosto; um deles, talvez o meu preferido, seja o de que existem livros (e por detrás deles quem os escreve) capazes de nos mudarem. Não no sentido de 'reconfigurarem' a nossa essência, para o bem e para o mal atribuída (!?), antes porque capazes de nos dar rumos, possibilidades outras.
Tem anos tomava eu um de muitos cafés solitários e, deitando contas à vida, folheava distraidamente um livro emprestado por uma amiga [por onde andas Ana Costa!?], altamente recomendado, mas no qual, em abono da verdade, não estava minimamente interessado: Vida Conversável, Agostinho da Silva [Assírio & Alvim]. Depois lá concedeu o meu cérebro momentos mais propícios à leitura. Helas!!! Devorei-o. Mudei de rumo, de percurso e curso; conheci novos e (definitivos) amigos: não é assim Duarte e Daniel?
Ficou-me o livro; nunca o devolvi, sem vergonha o admito! Tenho-o aqui, com uma mascarra dum café sobre ele baldado, vivo, remexido, manuseado e (adoravelmente) sublinhado; apossado. Obrigado Ana! É de '98!!! Dez anos num ser humano é tempo que se veja.
Aquele 'Velho' (sublime palavra), sábio, louco, deu-me esse sopro de vida quando minh' águas e ventos eram estagnados. Muitos mundos vieram depois.
«Vida Conversável» devolveu-me isso: Vida e Conversa. Nunca quis matar a minha galinha de ovos d'oiro. Não o tento entender. Guardo-o em mim e dou-o aos outros; não forçosamente este autor e este livro, se me faço entender...